sábado, 27 de dezembro de 2014

Curiosidades da terra: Ditados Populares maranhenses

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No Maranhão existem vários Ditados Populares voltadas para a gastronomia. A Pesquisadora Maranhense Zelinda Lima em sua obra "Pecados da Gula"² cita vários exemplos desses ditos usados pelos nativos maranhenses. Divirta-se agora com algumas dessas citações e confira se você as conhece ou se já usou algumas delas:



"A cabra da minha vizinha dá mais leite do que a minha". 
Usado quando acha que os problemas pessoais são maiores que o do próximo. 


"A cuia do pobre sempre cai emborcada"
Refere-se a pobreza do pobre ser mais sentida


"A galinha da vizinha é mais gorda que a minha"
Usado quando expressa inveja por insatisfação


"A gente pensa que faz um giro e faz um jiral"
Usado quando espera-se uma coisa e sai outra diferente do planejado


"Acordar com as galinhas"
Expressa acordar cedo, como fazem as galinhas


"Coco velho é que dá bom azeite"
O que vale é a experiencia de vida


"Daquele mato não sai coelho"
Refere-se a situação ou ao individuo dos quais não se deve esperar nada.


"De grão em grão a galinha enche o papo"
Aos poucos, se chega ao objetivo


"Dinheiro compra pão, mas não felicidade"
Há bens que não se compra.


"É melhor sustentar um burro a pão de lo do que uma mulher com luxo"
Expressa a ideia de que mulher luxenta, não ha dinheiro que chegue.



"Filho de peixe peixinho é".



"Fulano está falando de barriga cheia"
Da pessoa que reclama sem motivos.


"Fulano não dá água a pinto"
Da pessoa canhenga.



"Fulano tem o olho maior que a barriga"
 Da pessoa gulosa.



"Laranja madura ao pé de cerca ou está podre ou bichada"
Expressado com a ideia de que se desconfia das coisas muito fáceis e que não despertam os desejos nos outros.


"Não cuspas no prato em que comes"
Expressa a ideia de que "não sejas ingrato".



"Não se deve dizer 'desse pão não comerei, dessa água não beberei'".
Ninguém sabe o que lhe reserva o futuro.



"O peixe morre pela boca"
Da pessoa gulosa.



"O que não mata engorda"



"Osso duro de roer"
Da pessoa ou situação dificil.



"Panela em que muitos mexem, ou sai insossa ou salgada".
Muitas pessoas em uma só tarefa, às vezes é contraproducente.


"Pimenta nos olhos dos outros é refresco"
O sofrimento do próximo sempre nos parece menor que o nosso.


"Por baixo desse angu tem carne"
Aí tem segredo


"Quando ele ia com o milho eu já vinha com o fubá".
Quando o assunto veio à baila, eu já sabia do que se tratava.


 "Quem não arrisca não petisca"
Se não investe, não se obtém resultado.


"Quem nunca comeu mel, quando come se lambuza"
Diz-se de quem, inesperadamente, galga uma posição e que, por lhe ser estranha, passa a cometer desatinos.



"Um dia é da caça, outro do caçador"
Um dia está bom, o outro está ruim.







1. Imagem disponível em:<http://casandosemgrana.com.br/pimenta-nos-olhos-dos-outros-convidados-pelo-fornecedor/>. Acesso em 27/12/14
2.LIMA, Zelinda Machado de Castro.Pecados da gula: comeres e beberes das gentes do Maranhão. 2º edição amp. São Luis: Instituto Geia, 2012.




sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Festa natalina no Maranhão

       
      
                                                                                          Imagem 1



    O Natal, celebrado anualmente no dia 25 de Dezembro comemora o nascimento de Jesus Cristo. Embora ser a maior festa cristã, vem sofrendo ao longo dos anos mudança nos hábitos na maneira de se celebrar essa data festiva. 
       Segundo a pesquisadora maranhense Zelinda  Lima em sua obra "Pecados da gula: comeres e beberes das gentes do Maranhão", há uma materialização, não só pela comercialização da data como pelo deslocamento do foco - do Menino Jesus para o Papai Noel, do presépio para a árvore e para a ceia. 
No Maranhão o Natal é comemorado em família. Parentes aproveitam a data para se confraternizarem. Há a tradicional troca de presentes e ainda, na maioria dos lares, põem-se presentes nos sapatos das crianças.
     São comidas do Natal no Maranhão: peru, presunto, bolos, fatias de paridas (rabanadas), castanhas, figos, passas, tâmaras, farofa, pernil... e, atualmente, trazido pelos "estrangeiros", os panetones. 









Fonte: LIMA, Zelinda Machado de Castro. Pecados da gula: comeres e beberes das gentes do Maranhão. 2ª edição. São Luis:Instituto Geia, 2012. 
Imagem 1 disponível em <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGE8Q7tVKtsN8nbhtwHuQ3dKgq08XCFW9EqcAz9m-MLudDFl-orXYlpa9Hz12OGb0npKa_V5OkAnd470306GfzbdYa3pWsnJw3W8A-Ak-ivzIvlu2Le_9HIEV1sD9mU7KlhdG1yRMhzUvx/s1600/natal-enfeites-dourados-wallpaper.jpg>. Acesso em 05 Dez 2014

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sobre o GPICG



      A gastronomia brasileira é rica e diversificada devido às fortes influências das etnias formadoras da população: o índio, o negro e o branco. A integração de traços culturais destes diferentes grupos étnicos, mesclados a uma gama de costumes e tradições, resultaram na construção de uma gastronomia exótica e diferenciada. Essa diversidade é refletida na língua falada dos maranhenses como também nos saberes e fazeres da culinária. 
      O projeto Identidades Culturais da Gastronomia Maranhense foi desenvolvido pelos discentes e docentes do curso de turismo e hotelaria da UFMA, que tem como objetivos:
·     Investigar e mapear os eventos gastronômicos, os principais festejos da cultura popular maranhense direcionado para culinária tradicional do estado do Maranhão; 
·       Levantar bibliografias, estudos e pesquisas na área da gastronomia maranhense; 
·   Produzir trabalhos científicos para a publicação e apresentação em eventos técnicos, científicos e culturais; estabelecer a relação entre os ecossistemas e suas influências direta e indireta na gastronomia típica das regiões;
·     Listar os estabelecimentos comerciais que trabalham com alimentos e bebidas, em especial, com a culinária típica maranhense em cada região; 
·     Conhecer as terminologias peculiares utilizadas para descriminação dos pratos típicos.
    A metodologia adotada compreende a pesquisa bibliográfica e de campo, por meio da investigação exploratória, observação participante sistemática e estruturada. Considerando o objeto deste estudo e sua singularidade, optou-se por estruturar a investigação em três linhas de pesquisa, a saber: a sociocultural que busca identificar as principais influências étnico-culturais, a relação entre a gastronomia e os festejos tradicionais, identificando os principais produtos e pratos típicos; a socioecológica que visa investigar a relação existente entre os ecossistemas naturais e a culinária típica; a socioeconômica que busca levantar aspectos da economia local estabelecendo relação entre os setores produtivos primários, secundários e terciários e a gastronomia da localidade.
     Como resultados da pesquisa, foram realizados eventos técnico-científicos através de Mostras da Gastronomia Maranhense, com discussões acerca das influências étnico-culturais; pratos e receitas típicas; descaracterização da culinária tradicional, proporcionando também a degustação dos produtos e pratos típicos do Maranhão. A elaboração de um acervo iconográfico sobre assuntos referentes à 41ª Festa da Juçara, realizada no período de outubro a novembro de 2011, no distrito do Maracanã/MA. Estudos, análises e reflexões com foco na Gastronomia Maranhense; identificação e análise da gastronomia típica local; produção científica para a participação em eventos; listagem dos produtos e alimentos típicos e pesquisas voltadas para a identificação dos principais eventos gastronômicos do Estado do Maranhão; projeto de extensão "Educação e capacitação dos profissionais nos pequenos empreendimentos direcionados para gastronomia maranhense no Centro Histórico de São Luís - certificação sustentável" e o projeto "Gastronomia consciente".
     A Gastronomia Maranhense é rica e diversificada, devido a forte influência das etnias formadoras da população e a variedade dos ecossistemas naturais do estado. Neste contexto o Grupo Identidades Culturais da Gastronomia Maranhense, identificou a importância da pesquisa para a valorização e conservação da culinária típica ou tradicional maranhense; levantou aspectos referentes aos hábitos alimentares das populações tradicionais no seu ambiente natural e cultural, os costumes da população, as relações econômicas que o homem tem com o meio ambiente e suas influências, diretas e indiretas, na construção de uma identidade cultural gastronômica. Observou-se que a realização de eventos técnicos, científicos e culturais possibilitou a integração da cadeia produtiva do setor de alimentos e bebidas dos municípios de São Luís, Raposa e São de Ribamar, bem como da participação do poder público, através da Secretaria Municipal de Turismo fortalecendo as políticas turísticas e culturais da cidade de São Luís.
Palavras-chave: Identidades, Gastronomia, Maranhão.

P.S. Imagem disponível em <http://restauranteemsp.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/05/maranhao.jpg>. Acesso em 03 Dez 2014.


Resultado Seletivo GPICG


      Em nome do Grupo de Pesquisa Identidades Culturais da Gastronomia Maranhense, agradecemos a todos os interessados que se candidataram a participar das atividades do grupo. 
     Segue a lista de candidatos aprovados no seletivo GPICG, realizado no dia 25 de Novembro do decorrente ano, conforme o Edital publicado.


  1. KARLLA DANIELLE RIDRS AS SILVA PAZ E SILVA
  2. ANDREZA CASTRO SILVA
  3. CINDY ANNE ARAUJO MELO
  4. MYLLENE MAYARA CASTRO FARIAS
  5. IOLENE DE SOUSA CONSTANTINO
  6. PRISCILA IZABEL ROSA DE AZEVEDO
  7. MARIA DO SOCORRO FERREIRA








São Luis, 02 de dezembro de 2014

Comissão coordenadora